PARIS FASHION WEEK
Tivemos o retorno de Bella Hadid no desfile de Yves Saint Laurent, e para este verão a grife apresentou looks bastante característicos da década de 1980, inspirados no fundador da maison. Entre eles, destacaram-se os ternos oversized, ombros mais largos, camisas, gravatas e cores sóbrias. A coleção também incluiu vestidos boho, laços nas golas, lurex, saias duplas com babados e jaquetas curtas.
Em seguida, ocorreu o desfile da Dior, que partiu de referências das roupas de montaria e seguiu para o espírito olímpico de 2024. Maria Grazia Chiuri apostou em looks preto e branco para o verão, que, posteriormente, ganharam toques de vermelho e nuances de nude, com uma inspiração grega. A coleção ressaltou que há muito do feminino em diversos ambientes historicamente dominados por homens.
Para esta coleção, a grife Rabanne se inspirou em um vestido criado por Paco Rabanne em 1968. O vestido, feito de ouro e diamantes, foi considerado na época o mais caro do mundo. Assim, a coleção trouxe muito brilho, paetês e uma das bolsas mais caras do mundo, feita em ouro de 18 quilates.
Tivemos a Balmain, que trouxe o surrealismo de forma marcante e característica da grife. O desfile apresentou bordados sensuais com lábios vermelhos, rostos, ombros pontudos e cinturas bem marcadas. As pontas dos ombros também apareceram nos quadris, criando uma silhueta diferenciada.
Os looks marcantes da Acne Studios desfilaram com uma estética ousada. A marca, conhecida por sua criatividade, apresentou uma proposta inspirada em cartoons, com calças volumosas, sobreposições e crochê, resultando em um visual único e impactante.
A Chloé trouxe um verão alegre nesta temporada, destacando em sua coleção o estilo boho chic e a moda dos anos 70. A marca apresentou calças e saias balonê, lingerie vintage, vestidos esvoaçantes, babados, laços e sapatilhas, em um desfile que transmitiu uma sensação de leveza, frescor e doçura.
Já a Mugler, que voltou aos holofotes e conquistou a nova geração, comemorou seus cinquenta anos com uma coleção marcada por modelagens bem construídas. A grife apresentou drapeados ricamente trabalhados, decotes sinuosos em ternos inspirados na geometria das flores, ombreiras, minissaias e blusas em camadas que lembram pétalas. Os caules das flores foram representados nas barbatanas dos espartilhos, criando uma estética sofisticada e inovadora.
No desfile da Loewe, o estilista buscou inspiração no passado da grife, entre os séculos 18 e 19. A coleção apresentou vestidos longos e transparentes, remetendo às mulheres de outras épocas, combinados com silhuetas ajustadas, alfaiataria, calças soltas e volumosas. Para finalizar, camisetas estampadas com figuras icônicas como Mozart, Van Gogh e outros clássicos.
No desfile de Issey Miyake, a inspiração foi o Washi, um papel tradicional japonês. O Washi não só adornou os assentos dos convidados, mas também apareceu em várias peças na passarela, como conjuntos de alfaiataria e até bolsas que representavam o papel. Além disso, camisetas e suéteres foram exibidos como se estivessem sendo usados de maneira "errada", criando um efeito visual interessante e inovador.