MILÃO FASHION WEEK
A Fendi abriu a Milão Fashion Week com um desfile que comemorou os 100 anos da grife. A coleção apresentada celebrou o centenário da marca, fundada na Itália em 1925. Na passarela, os looks trouxeram uma combinação de elegância e casualidade, com o uso de seda, organza, camurça e a mistura de tons pastéis e terrosos. Houve uma forte presença de transparências e peças que remetiam à década de 1920, como vestidos com cintura deslocada e itens que lembravam camisolas.
A BOSS transportou seus convidados para um cenário fora do ambiente de trabalho. Para essa experiência, a marca trouxe à passarela uma mistura de referências que combinavam códigos da vestimenta corporativa, como a alfaiataria, com detalhes típicos de férias, como micro shorts, calças com elástico aparente e bolsas ideais para carregar itens como raquetes de tênis. As maxi bags foram desfiladas abertas, carregando sapatos. Já o desfile da Jil Sander, seguiu uma linha office, trazendo referências ao power dressing dos anos 80, incluindo blazers oversized com ombreiras exageradas e brincos ostentosos, característicos da época.
No terceiro dia da Milão Fashion Week, a Prada apresentou uma visão inovadora e futurista para sua coleção, mantendo sua autenticidade. A coleção explorou estampas, cores e texturas, fazendo referência ao estilo de Pierre Cardin, considerado até hoje um dos pioneiros da moda futurista dos anos 60.
A Prada trouxe essa visão futurista através de silhuetas geométricas e tecidos metalizados. Outro grande destaque do desfile foram os óculos maximalistas, tudo isso sem perder as características marcantes da marca, resultando em uma combinação perfeita entre Miuccia Prada e Raf
Os anos 60 estão fortemente presentes nesta temporada da Milão Fashion Week. Sob o comando de Sabato de Sarno, a Gucci trouxe diversas referências dessa época, mas com um olhar mais minimalista, adicionando sofisticação a uma coleção que inclui transparências, alfaiataria e jaquetas de couro. O final do desfile apresentou um estilo mais urbano, com jeans, lenços e óculos coloridos, traduzindo o estilo vintage para a moda atual, com o conforto e a autenticidade característicos da Gucci.
Já a Versace se inspirou nos anos 70, trazendo à passarela elementos icônicos da época, como pijamas decorados, alfaiataria com padrões de zigue-zague, saias na altura do joelho e vestidos fluidos, sem deixar de lado a sedução, marca registrada da grife.
Houve um desfile em homenagem a Madonna, que se tornou uma das melhores apresentações da Dolce & Gabbana dos últimos tempos. A coleção trouxe florais, espartilhos, rendas de lingerie, transparências, e todas as modelos usaram perucas com ondas platinadas, em referência ao estilo icônico da cantora.
O próximo desfile foi da Ferragamo, inspirado no balé e no utilitarismo de luxo, com modelos vestindo malhas torcidas e sandálias com fitas de cetim subindo pela canela.
Algumas desfilaram com vestidos paraquedas confeccionados em nylon de seda, alfaiataria e agasalhos esportivos. A coleção foi inspirada em uma antiga fotografia de Salvatore Ferragamo, fundador da grife, ajudando uma dançarina a calçar seus sapatos.